Há um desejo no coração de Deus para todos os homens: que se tornem filhos seus, semelhantes ao Filho Jesus! Sabendo disso, Paulo e Timóteo oravam pelos colossenses, para que todos vivessem “… de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus” (Cl 1.10).
1º) viver de modo digno do Senhor: “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3).
Esta palavra tem mais a ver com relacionamentos do que com eventos! E não tem nada a ver com construções faraônicas, com belos corais, com rituais complexos e cultos sagrados muito bem elaborados, com ativismo, com sensações e calafrios, etc. Antes, é oferecer, diariamente e em todo lugar, o nosso culto racional a Deus com a nossa vida, já que somos o templo agora na Nova Aliança (Rm 12.1,2; 1Co 6.19)!
2º) para o seu inteiro agrado: “…Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar…” (1Sm 15.22).
O sacrifício de Jesus foi suficiente! Deus não quer nossos sacrifícios, quer nossa obediência (Mq 6.6-8), porque isto é o que lhe agrada! Temos que conhecer sua vontade para lhe obedecer; não precisamos inventar mais nada. É simples assim!
3º) frutificando em toda boa obra: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (Jo 15.8; Hb 10.24; Tg 2.26).
Frutos, na Palavra, representam vidas e resultados; ou seja, nossas obras refletem nossa fé! Sobre a semente que caiu em boa terra, disse Jesus: “… são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança.” (Lc 8.15)!
4º) crescendo no pleno conhecimento de Deus: (Jó 42.5; Os 4.1, 6.6; Hb 1.2).
Conhecendo Jesus, crescemos no conhecimento de Deus. Sobre Jesus, Paulo diz: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15), e em Hebreus 1.3 lemos que Jesus é a exata expressão de Deus! O próprio Jesus disse a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.8-10)!
O meio (o caminho) para que alcancemos o alvo:
1º) que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual (Cl 1.9):
Transbordar de conhecimento da vontade de Deus, não doutrinas e vontades ou ideias de homens! Com sabedoria e entendimento espirituais e não humanos! Conhecer com o coração e não somente com a mente! Conhecimento total, não em partes! (Cl 3.16; 2Tm 3.16,17).
2º) sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade (Cl 1.11):
Em que somos fortes? O que tem nos fortalecido? Que tipo de poder temos buscado? Temos nos ocupado em tornar forte nosso espírito ou nossa carne (Mt 4.4; Jo 7.37-39; At 1.8; Rm 8.6-8;11)? Temos sido perseverantes em buscar poder de Deus, em nos encher do seu Espírito (Lc 24.49; Ef 5.18-6.18)?
3º) com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz (Cl 1.11,12):
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Fp 4.4) – Podemos nos alegrar no Senhor, em primeiro lugar, porque a Sua alegria é a nossa força (Ne 8.10); depois, porque ele já nos capacitou, nos supriu e nos supre de tudo o que precisamos para viver em santidade; ou seja, nos tornou aptos para Ele! Em 1Ts 5.18 lemos: “Em tudo dai graças, porque está é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. Gratidão, esta é a vontade de Deus para nós!
Mas, para que transbordemos de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; nos fortaleçamos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, dando graças ao Pai, que nos fez idôneos à parte que nos cabe da herança dos santos na luz, há algumas condições:
Cl 1.13,14: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”
Permitir que Jesus nos liberte das trevas que, porventura, ainda permaneçam em nós. Para isso tem que haver arrependimento (mudança de atitude) e confissão, senão não há redenção (pagamento) nem remissão (perdão) dos nossos pecados!
Cl 1.15-19: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude”
Viver na prática o senhorio de Cristo, porque, de fato, Ele é o Senhor. Ele é o primeiro e o último! Para Deus Pai, Jesus está antes de todas as coisas, inclusive antes de nós! Tudo é por Ele e para Ele. Ele é a cabeça da igreja! Temos que deixar que Ele nos governe em tudo, que decida por nós, que tenha a prioridade na nossa vida e que ocupe o primeiro lugar em nosso coração (isto é lhe dar a primazia). Temos que aceitar que só nEle há plenitude, foram dele, tudo é incompleto.
Cl 1.20: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.”
A paz e a reconciliação que recebemos da parte de Deus, só nos veio através do sangue de Cristo vertido na cruz (Rm 5.1,10)! Isto parece contraditório: paz e reconciliação por meio de derramamento de sangue, morte, cruz! Mas não é! Este é o caminho estreito, e Jesus nos diz: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu voz fiz, façais vós também.” (Jo 13.15); “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” (Lc 9.23); “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.” (Jo 12.24,25). Só fazendo morrer nossa velha natureza é que nos vestimos da natureza de Deus (Ef 4.20-24). Sem a nossa morte, não haverá em nós, a vida de Cristo!
Cl 1.21-23: “E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.”
As trevas nos fazem estranhos para Deus, e seus inimigos. Nossas obras não servem para Deus porque são, em essência, malignas. Tudo o que Jesus fez por nós só se torna eficaz nas nossas vidas se permanecemos na fé, em obediência a Ele!
Por último, é preciso salientar o evangelho do reino, que foi pregado por Jesus e os primeiros discípulos; do qual não devemos nos desviar.